30.1.14

Forget Forever - 1º capítulo

6

"Você me encontrou... Acho que você não se importou e acho que gostei disso." - I Knew You Were Trouble, Taylor Swift



Barbara POV

O despertador me acordou.
Rolei na cama, irritada. Não queria levantar. Fechei os olhos por mais alguns segundos, até que tomei coragem e me levantei, indo tomar um banho e me vestindo logo em seguida. Encontrei meu irmão no meio do corredor; ele estava saindo de seu quarto também.

- Bom dia! - disse-me, sorrindo ao me ver.
- Péssimo dia. - Eu revirei os olhos. Não tinha nada de bom dia. Ia ser só mais um dia entediante na minha vida mais entediante ainda. Ele fez um beicinho.
- Puxa, como você é mal humorada.
- Certo, me desculpe. Bom dia para você também.
- Obrigada! - Ele sorriu, radiante.
- Como vai a escola?
- Legal, tem um monte de meninas...
- Garoto, você não tem idade para isso.
- Mas você tem idade para se pegar com o Will.
- Cale a boca.

Ele riu e desceu as escadas. Eu o segui até a sala de jantar, onde minha mãe e meu pai estavam sentados, tomando café.

- Bom dia gente - eu disse, me sentando.
- Bom dia - meu pai e minha mãe disseram ao mesmo tempo.
Eu comi por alguns segundos em silêncio, até minha mãe quebrar o gelo, dizendo:
- Ei, a Pattie me contou que o filho dela está vindo morar com ela.
- Que legal.
- É. E o Will, como está?

Eu sorri. Ela gostava do Will tanto quanto gostava de mim.

- Bem.
- Hmmm...

Continuei comendo em silêncio. Depois que meus pais foram trabalhar, eu subi para meu quarto e estava revisando um trabalho quando Vic me ligou.

- Alô?
- Oi, Babi! Stephenie e Tiffany estão aqui, vamos ao Starbucks?
- Claro, vou me arrumar.
- Estou esperando.

Com um suspiro, eu fui até o closet e me vesti e desci. Vic era minha vizinha. Os seguranças me deixaram entrar, e asim que eu bati na porta principal, Vic abriu. Ela me abraçou.

- Estava com saudades! - disse ela.
- Você me viu ontem.

Ela riu. Em seguida Steph e Tiffany apareceram também. Elas me cumprimentaram e então fomos para o carro de Vic.

- Ouvi dizer que o filho da Sra. Mallette está vindo morar com ela - disse Tiffany.
- É, minha mãe falou algo sobre isso.
- Tomara que ele seja gato - disse Steph.
- Sim, mas os gatos são sempre disputados demais. Você tem ideia de quem seja, Babi? - perguntou-me Vic.
- Não... Mas de qualquer forma, não me importo. - Dei de ombros.
- É claro, você tem o Will, com ele nem eu me importaria - resmungou Steph. Revirei os olhos.
- Com ciúme, Blakelee? - provocou Tiffany.
- Não, só acho meio fútil.
- De qualquer forma, você tem sorte por namorar o Will - acrescentou Steph.
- Eu sei.
- Convencida.
- Realista.

Elas riram. Meu celular vibrou e eu o peguei, lendo a mensagem que Will mandara.

"Ei baby, não sei se vou para a faculdade hoje, estou meio doente."

Respondi:

"O que você tem, amor?"
"Gripe. Vai passar."
"Melhoras ):"
"Obrigado, eu te amo.
"Você não tem noção do quanto eu te amo mais."
"Isso é impossível"
"Acredite, não é."

- Ah, que fofo! - exclamou Tiffany. Eu não percebi que ela estava olhando minhas mensagens.
- Ei, isso é invasão de privacidade! - protestei.
- Idiota. - Ela riu.


Justin POV

Me mudar para a casa da minha mãe? Nossa que ótimo, pensei sarcasticamente. Era a última coisa que eu queria, mas segundo meu pai, eu estava dando problemas demais.
E desde quando mandar o problema para longe faz ele desaparecer?
Mas tudo bem, eu iria. Afinal, nunca ficava muito em casa; o Brooklyn era o meu lugar, o lugar onde eu gostava de estar, onde eu podia fazer o que quisesse sem ninguém para reclamar. Eu mando naquela porra.
Fiz minhas malas, coloquei tudo no carro e me despedi de meu pai e meus irmãos.

- Eu vou sentir sua falta, filho - disse meu pai, me puxando num abraço. Fiz uma careta. Que coisa mais gay!-
- Tchau.
- Você vem me visitar?
- Se você me quisesse perto não ia me despachar desse jeito.
- Justin, já conversei com você sobre isso. Só acho melhor você passar um tempo com a sua mãe.
- Tá, tá, já entendi. Tchau.

Entrei no carro e dei partida sem me preocupar com mais despedidas. Quem precisa disso?
Kenny já estava no banco ao lado. Ele era meu segurança. Era ridículo eu precisar de segurança sendo que eu era um bandido; mas ser um dos maiores criminosos de Nove York não era fácil. Eu tinha muitos inimigos e era melhor prevenir.
A casa de minha mãe era longe, mas eu sabia o caminho.
Lil me ligou enquanto eu dirigia. Atendi.
- Alô?
- Acho que vamos ter que apagar o viadinho do Adam.
- Ele não pagou ainda?
- Não, e disse que não vai pagar tão cedo... Você acredita? Na minha cara!
- Filho da puta! Vamos matá-lo.
- Assim que eu gosto.
- Eu também. Passo aí às 17:00. Recebi um carregamento.
- Ótimo, falou.
Desliguei, irritado. Como o vagabundo do Adam era idiota! Se sabia que ia morrer, por que não pagou? Se sabia que não podia pagar, por que comprou?
Estúpido, apenas mais um lixo no mundo. Era esses que eu gostava de matar.
Eu não estava nenhum pouco ansioso para ver minha mãe. Odiava ter que ser educado, odiava ter que respeitá-la. Mas eu tinha que respeitar, porque eu tinha senso do ridículo. E seria ridículo não respeitar a única mulher que presta nesse mundo. Pelo menos ela sabia quem eu era, então eu não tinha que fingir. Apesar de ser horrível ter que ficar ouvindo ela buzinar coisas no meu ouvido do tipo "larga essa vida, Justin!" e "eu não criei você para isso". Acho que esqueceram de contar à ela que se cria os filhos para o mundo, e esse é o meu mundo. Ninguém podia mudar isso.
Mas tudo bem, eu ia suportar.
Me incomodava pra caralho saber que meu pai achava que eu era problema demais. Pô, era nele que eu tinha me inspirado! Se ele não tivesse sido tão ruim no passado, eu não estaria sendo tão ruim no presente. Eu sou assim, eu gosto do terror, gosto de ser o terror. Gosto de que as pessoas sintam medo de mim, aliás, quem não sente? Só alguém louco não sentiria medo de mim.
Dirigi por mais uma hora até a casa de minha mãe. No meio do caminho, acendi um cigarro. Quando saí do carro, havia quatro garotas conversando em frente à uma enorme propriedade. Elas riam sem parar, mas assim que me viram, seus risos desapareceram subitamente.
A primeira garota tinha cabelos castanhos e era magra como um palito, porém gostosa. A segunda tinha cabelos longos e castanho escuro, os olhos também castanhos. A terceira era ruiva, e parecia a mais inocente dali.
Mas a que mais me chamou a atenção foi a quarta.
Ela era branca, MUITO branca mesmo. Como a neve. Seu cabelo era castanho avermelhado, e seus olhos eram verdes como esmeralda. O corpo escultural era coberto por um short preto e uma blusa branca, e uma sandália de salto envolvia seus tornozelos. Gostosa, definitivamente. Eu foderia com ela.
Mas eram só mais algumas patricinhas, concluí.


continua? :3
gostaram?

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