10.2.14

Forget Forever - 12º Capítulo

6



Justin Pov

Eu saí do carro, observando o mar enorme a minha frente. Eu gostava daquela praia por algum motivo desconhecido.
- É essa? - Barbara perguntou.
- É.
- Mas não tem ninguém.
- Essa é a intenção. - Eu me virei para ela e sorri maliciosamente.
- Idiota. - Ela revirou os olhos.
Me abaixando, eu desamarrei o cadarço do tênis e o tirei. Fiz o mesmo com o outro e segurei o par com uma mão, então entrando na areia. Quando estava perto do mar, me sentei e virei para trás. Barbara olhava seus sapatos, que eram de salto por sinal, provavelmente decidindo se os tiraria ou não. Por fim, com um suspiro, ela fez o mesmo que eu e andou até mim, sentando-se ao meu lado.
- Demorou muito para decidir se estragaria ou não seus belos sapatos, boneca? - provoquei.
- Eu não queria pisar na areia descalça mas também não queria estragar minha sandália. Você não tem noção de como foi uma decisão difícil.
- Imagino. - Eu ri, jogando um galho no mar.
O silêncio predominou por alguns segundos. Eu não me incomodei, porém Barbara estava inquieta, como se estivesse desconfortável com algo.
- Justin? - ela disse antes que eu pudesse perguntar o motivo de sua inquietação. Não que eu fosse.
- Hã?
- O que te leva a ser assim?
- Assim como?
- Um gangster.
Eu ri sem nenhum humor novamente.
- O que te leva a ser quem você é? O que te faz preferir o doce do que o salgado? O que te faz gostar da cor preta e odiar a cor verde? O que te faz odiar aquela pessoa que você não consegue achar motivos para detestar tanto, mas mesmo assim detesta? A sua essência. O que eu sou, nasceu comigo.. É claro que eu poderia ter escolhido outro caminho, mas eu gosto deste. Gosto de ter escolhido isso. Porque eu simplesmente sou assim. Eu gosto de ver o terror. Eu gosto de... Como posso te explicar isso? - Eu me questionei, olhando em volta de mim. Peguei um galho com uma ponta afiada, aproximando-o de meu braço, me perguntando se seria o suficiente para romper a pele. Logo, eu estava perfurando o braço.
- O que você está... - Barbara começou a perguntar, chocada.
- Shiii... - eu a repreendi. Só voltei a falar quando o sangue estava aparecendo. - Olhe isso. Está vendo o sangue escorrendo? Eu tenho prazer em ver isso. Eu gosto. Mas só quando é o sangue de alguém que eu odeio.
Eu esperei uma resposta, mas nada foi dito. Barbara me encarava com uma espécie de pavor no rosto.
- Eu não queria assustar você...
- Você é cruel - ela cuspiu as palavras para mim. - Você é doente!
- É o que você acha?
- Você é pior do que qualquer pessoa que eu tenha conhecido na vida. Você gosta de matar. Você é um monstro!
De algum modo, aquelas palavras me afetaram. Eu nunca tinha pensado em mim mesmo como um monstro. Era a primeira vez que eu fazia essa analogia.
- Eu não disse que gosto de matar.
- Você gosta de sangue. Escorrendo. Isso dá em matar para mim. Ou machucar. Você gosta de machucar os outros, não é? Ou é algum tipo de vampiro?
Eu ri.
- Não, eu não sou algum tipo de vampiro. Você me perguntou o que me leva a ser assim. Eu te disse a verdade. Só isso.
Ela engoliu em seco.
- Está com medo? - eu questionei.
- Sim.
- Pensei que não tivesse medo de mim. - Eu ri.
- E não tinha. Antes de saber o quão louco você é!
Eu ri de novo, mas não respondi. Depois de uns segundos de silêncio, ela perguntou:
- E você gostaria de ver o meu sangue escorrendo?
- No dia em que te conheci, sim. Mas, hoje, para falar a verdade, não. Para ser sincero, eu simplesmente detestaria isso.
Ela sorriu.
- Obrigada, eu acho.
- Não vai sair correndo de mim aos gritos, né?
- É uma possibilidade.
Eu ri. Peguei um maço de cigarros do bolso, tirando um de lá e pegando um isqueiro, acendendo-o e colocando entre os lábios.
- Como é a sensação de fumar?
- Ótima. Nunca provou?
- Já, mas eu estava bêbada, então nem conta.
- Você bêbada? Eu pagaria para ver isso.
- Por quê?
- Seria engraçado. Tipo, "te ver descer do salto" - fiz aspas com os dedos no ar -, pelo menos uma vez na vida.
- Eu não estou em cima do salto. Eu estou descalça.
- Você entendeu. - Eu revirei os olhos.
Ela riu. Eu me permiti prestar atenção no som de sua risada, e acabei concluindo que gostava. E não sabia porquê.
- O que está fazendo aqui? - ela perguntou de repente.
- Oi?
- Você sabe. Não devia estar roubando pessoa, assassinando alguém, ou vendendo drogas?
Eu ri.
- Eu não faço isso o tempo todo.
- E o que você faz quando não está sendo um monstro?
- Aguento pessoas chatas me fazendo perguntas chatas.
Ela abriu a boca, claramente querendo mostrar que estava ofendida.
- É brincadeira. - Eu ri de novo. - Você não é tão chata assim.
- Eu sou fabulosa. Você devia agradecer por ter a chance de conversar comigo.
- E humilde também.
- É uma das minhas milhões de qualidades.
Eu balancei a cabeça, rindo e olhando o mar.
- Aquele é seu namorado? - eu perguntei sem pensar. Quando vi, as palavras já tinham saído de minha boca.
- Aquele quem? - Ela olhou em volta.
- Um cara com quem eu vi você um dia.
- Ah. O Will? Sim, ele é. - Ela sorriu, olhando o mar.
- Faz quanto tempo?
- Hmmm. Dois anos.
- Nossa, isso é muito.
- Nunca namorou por bastante tempo?
Eu ri.
- Sexo na veia, namoro na cadeia.
Ela gargalhou.
- Eu devia ter imaginado.
- Eu não namoro. Isso é perca de tempo. E eu não aguentaria ficar com uma mulher só por muito tempo.
- Que horror!
- É a verdade.
Ela revirou os olhos. Depois de um tempo em silêncio, eu disse:
- Ele tem cara de gay.
- Ele quem?
- Seu namorado.
- Ah, isso eu posso te garantir que ele não é. - Ela molhou os lábios.
- Eca, não faça essas insinuações perto de mim.
- Por quê?
Eu me virei e peguei o rosto dela em mãos, apertando seu maxilar com uma delicadeza que eu nunca tinha tido antes. Ela arregalou os olhos conforme meu rosto foi ficando mais perto do dela.
- Porque eu realmente gosto de você.


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amanhã eu continuo. E ai, oque acharam da maratona de hoje?
Amanhã eu tento fazer de Love My Belieber.

Será que Babi e Justin vão se beijar? Será que ela dirá que ama ele? Hm, curiosas? KKKKK' <3

Obrigada pelos comentários maridas, amo vocês! 

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