10.2.14

Forget Forever - 9º Capítulo

10

"E eu não posso evitar olhar, porque vejo a verdade em algum lugar nos seus olhos." - Mirrors, Justin Timberlake



Justin POV

- Como você pode ter deixado ela ir embora? - eu gritei para Lil.
- Se acalme, Bieber. Relaxe, cara. Você está fora de si.
- Aquela garota precisa morrer.
- Não, não precisa. Eu não sei o que ela faz com você. Nunca te vi assim.
- Eu. Vou. Matar. Ela.
- Não pode sair matando todos que odeia por aí, Bieber. Entenda isso.
- Ela não merece viver!
Lil levou as mãos ao ar em sinal de paz.
- Ugh, eu desisto! Suba e tome um banho. Durma. Quem sabe amanhã, quando você resolver ser uma pessoa normal de novo, você me conte o que aconteceu.

Eu queria retrucar, mas aquela discussão não levaria à nada. Acabei decidindo seguir seus conselhos.
Ao sentir o calor da água contra a minha pele, percebi que Lil estava completamente certo. Eu estava muito estressado e tudo se devia àquela garota insuportável. Quem ela pensava que era?
Claro, ela era gata. Muito gata. Tipo, os olhos dela eram lindos. E ela era tão marrenta que chegava a ser sexy. E a boca dela... Jesus Cristo. Se ela não fosse tão chata, eu transaria com ela.
Mas ela era insuportável e não tinha como mudar isso. Ela me irritava de uma maneira inexplicável. E, mesmo assim, eu não deixava de pensar no quanto ela era linda.

- Você vai pedir desculpas para ela - disse Ryan, batendo o punho na mesa enquanto eu tomava café, me fazendo despertar de meus pensamentos.
- Oi?
- Você vai pedir desculpas para ela.
- Ela...?
- A Barbara.
- Quem?
- Porra, Bieber. A garota com quem você discutiu ontem, e quase bateu. Você não imagina o quanto foi estúpido com ela.
- Ela é estúpida. Estupidez gera estupidez.
- O que ela fez?
- Ontem?
- É.
- Ela não te falou? Ela veio me avisar que minha mãe está no hospital.
- Sim, ela me falou. Eu só queria ver se você ia mentir ou não. E, oh, ela está bem?
- Sim. Foi tudo minha culpa.
- Como assim?
- Ela ficou tão preocupada com meu sumiço que a pressão caiu e ela teve que ser internada.
- Uau. Sinto muito.
- Valeu.
- Mas voltando ao assunto... Cara, a garota te fez um favor.
- Você viu o jeito que ela chegou aqui? Ela disse que ia me matar.
- Ela só estava com raiva pela sua mãe.
- Ela me irrita.
- Creio que essa não é a primeira vez que você a vê.
- Não. Eu esbarrei nela na noite em que me mudei para a casa da minha mãe. A gente meio que discutiu porque eu mandei ela prestar atenção por onde anda.
- Peça desculpas.
- Não. Eu não vou pedir desculpas. Eu não sou assim. Nem você. O que acontece com você? Você já viu o que está me pedindo? É patético.
- Nã...
- Cale a boca. Apenas cale a boca. Eu estou cansado disso. Cansado dessa merda. Cansado de ficar aqui. Cansado de vocês. Eu quero a Megan. Quero sair. Quero foder. Não aguento mais. Deem um jeito nisso. Usem a merda do cérebro de vocês pelo menos uma vez na vida para achar aquele maldito.
- Bie...
- Eu já disse para calar a boca, porra!

 Me virei furiosamente, saí da cozinha e subi para o meu quarto.
Enquanto meu peito subia e descia em pura raiva, eu peguei minha arma e coloquei na cintura. Desci as escadas novamente, e quando estava prestes a abrir a porta, ouvi a voz de Ryan.

- Quantas vezes eu já te pedi para fazer isso?
- Oi? - Eu me virei.
- Oi. Tudo bem?
- Babaca.
- É sério. Quantas vezes eu já te pedi para pedir desculpas à alguém?
- Nenhuma.
- E por que eu pediria agora?
- Porque a garota é bonita.
- Você acha ela bonita?
- Não tem como negar.
- E o quanto você acha ela bonita?
- Por que isso importa a você?
- Só estou testando o quanto você gosta dela. - Ele deu de ombros.
Soltei uma risada irônica.
- Eu? Gosto dela? Você bebeu, por acaso?
- Só um pouco.
- Então, certifique-se de estar são na próxima vez que vier falar comigo, porque eu não quero quebrar seu nariz. - Olhei ele pela última vez e saí da sala, balançando a cabeça, não acreditando no que tinha acabado de ouvir. Como se tivesse algum meio de eu gostar daquela vadia.

Peguei meu carro e dirigi até a casa da minha mãe, mas encostei ele quando reparei que a Barbara estava andando na rua, sozinha.
Sem pensar duas vezes, eu saí do carro e parei na frente dela. Seus belos olhos estavam cobertos por um óculos escuro, mas eu sabia que ela os estava revirando.

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